Terrorismo camuflado


Ao ler esta noticia sobre os possíveis abusos de agentes americanos sobre prisioneiros acusados de actos ou convivência com terroristas saltou-me de novo a questão de, será que o TPI vai agir como devido após adquiridas as provas necessárias e sem olhar a nomes, penalizar por igual, tratar como igual, um governante americano tal como trata qualquer outro? Ou cairemos no esquecimento, que não houve qualquer abuso? Ok, existem e deve-se recorrer, em minha opinião, a alguns métodos mais duros, mas, com os devidos limites. Sabemos bem como funciona o Homem, sabemos os possíveis treinos, as possíveis maneiras de não se descair de um plano de uma organização sob pena de prejudicar a sua família que nada tem a ver com actos hediondos de terroristas, repressores da liberdade, empregados do medo.

Defendo métodos duros em certos casos, mas sem nunca por em causa a dignidade da pessoa humana ao ponto de a suprimir com o exagero animal da tortura vil. Um estalo, porque não? Se tal implicar salvar vidas humanas, sim. Choques eléctricos contínuos? Sem qualquer resultado? Sob pena até de destruir a saúde de um inocente injustamente acusado. Não. Considero tais actos brutais como terrorismo categórico. Pode ser algo confuso o meu ponto de vista, mas, no fundo tentei!

Jornal (ibero)Nacional



Com o cancelamento do Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes por parte dos "donos" da PRISA, argumentado reajustes financeiros, fez estalar as conspirações anti-PS e foi criada uma arma de arremesso ao Partido Socialista durante este período de campanha eleitoral para as eleições de 27 de Setembro.

Falando da qualidade do espaço de MMG em si, bom, nunca fui adepto de noticiários como este, prefiro noticias mais sóbrias, mais reais, verdadeiras noticias vá e não aquela coisa que MMG fazia nas noites de Sexta-Feira. Era um espaço mesquinho, propositadamente atacante, cheio de incongruências, MMG falava como se fosse o supra-sumo da verdade e da justiça, humilhava (ou tentava) os convidados que entrevistava ou visava atingir (Dr. Marinho Pinto, Primeiro Ministro...). É uma jornalista arrogante, com manias, não aceita criticas ao seu trabalho (bem merecidas), criava conflitos com outros colegas dentro da própria estação e só não foi demitida mais cedo pois, seu marido José Eduardo Moniz, se encontrava na presente estação.

Falando agora, da coisa mais complicada, as acusações ao PS de ter "silenciado" o jornal da MMG. Não quero acreditar, nem acho que seja mais lógico pegar nesse argumento. Independentemente do material que a TVI prometeu mostrar sobre o caso Freeport, caso pelo qual anseio que se resolva pelo melhor, que se penalize quem mereça, clarificando essa falcatrua. O Governo do PS foi muito visado pelo jornal de MMG, especialmente o senhor Primeiro-Ministro, mas para quê pegar em mais medos e "poderes ocultos" e mexericos, num período de campanha eleitoral em que são precisos programas para o país? Acho que, sem qualquer prova concreta, não se deva partir para esse cenário. Devemos focar a nossa atenção nos principais problemas de Portugal e depois, com provas concretas, atacar qualquer atitude antidemocrática, repressiva da Liberdade. De outro modo, não optaria por criar tal ambiente. Por isso, prefiro pensar assim: não terá sido uma jogada da empresa espanhola, aproveitando tal conflito entre o espaço de sexta-feira e o Governo para tentar obter alguma regalia? É que parece isso (conspirando um bocadinho, mas nada de fascismos), e se assim o foi, então foram demasiadamente estúpidos ao pensarem que um partido, um Governo, com tal atitude "silenciadora" lhes fosse oferecer uma cambada de TV-LED ou BMWs! Haja paciencia! Outra questão a ter em conta é o facto de um grupo espanhol controlar informação portuguesa, deveriam ser tomadas as precauções necessárias para se evitar tal, pois é uma situação caricata, absurda, daí que me leve a pensar no que expus acima.

Nos debates que aí se avizinham, esperamos que se fale dos problemas reais do país, que se fale do que foi feito, do que possa melhorar, o que se fez de mal e que apenas se ocupem do futuro dos portugueses, deixando os "atentados "algo" fictícios" (tanta aspa) à Liberdade de lado não existindo qualquer prova concreta de tal.

V de Não-sei-quê


Depois de um importantíssimo trabalho por parte da comissão parlamentar sobre o escândalo do BPN, que terminou com um "sabor a pouco" após meses de investigação, Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal enxovalhou num tom vitimizado a actividade do Parlamento, menorizando a importante investigação realizada. Mostrou-se arrogante, parvo, mesquinho e pior ainda, perdeu a compostura que lhe é exigida ao desrespeitar o órgão soberano que é o Parlamento, para não falar da falta de respeito perante o povo português, mostrando a tudo e todos que, o cargo que ocupa é só dele, o BdP é que é eficaz, legitimo, suficiente e que o resto é tudo um bando de ilusionistas perseguidores de tonterias. Se realmente valesse o dinheiro que lhe pagam...mas adiante! É verdade que a Assembleia da República não é um órgão administrativo, não tem competência administrativa, mas tem a capacidade de regular a actividade administrativa através de mecanismos como esta comissão parlamentar, logo, a juntar ao facto de ser um órgão soberano, representando todos os portugueses e detendo uma elevada importância no regime português, o "choque" dento da cabeça do senhor governador foi evidente, num outro país, teria sido prontamente demitido por tal feito, mas não só por isso deveria ser demitido.

Cabe-me a mim, citar Francisco Louçã: "Se não fosse o Parlamento, por uma vez, a fazer uma investigação sobre um banco em que os administradores entravam pela porta dentro com sacos abertos para os encher de dinheiro e saíam porta fora, nada se saberia de um dos maiores escândalos financeiros da história portuguesa". Tão certo. Demonstra a bandalheira que alguns querem continuar, fazendo passar os restantes por parvos, acéfalos. Um governador não pode ter esta postura, de sentar-se na cadeira com o computador ligado e entrar num estado de "deixa andar", é inadmissível e deveria ser responsabilizado por isto e pela sua incompetência face ao cargo que ocupa. É bom que as legislativa tragam algo de novo, de bom para Portugal que isto está demais.

Deixo, por fim, o link para a noticia na edição online do jornal "Publico" assim como um texto interessante de Constança Cunha e Sá aqui.

H1N1


Este ano de 2009, tem sido marcado por uma rápida ascensão da gripe H1N1 que tem vindo a contaminar várias centenas por todo o mundo, chegando a provocar mortes em todo o tipo de faixa etária. A OMS declarou o nível de pandemia, algo alarmante para a população mundial. A gripe H1N1 é um vírus similar ao vírus da gripe sazonal, tem sintomas iguais, propaga-se da mesma forma, o que pode causar um certo "não deve ser nada" nas pessoas que adoecem, que nunca pensando na nova gripe, vão contaminando amigos e familiares.

Esta contaminação global tem sido facilitada pelo constante movimento global, principalmente, graças às férias de Verão. Mas, se isto já está assim, imaginemos o pânico que será quando entrarmos na época da gripe sazonal! Causará confusão, medo, excessos e a grande pergunta, estarão os nossos hospitais preparados para tal? A senhora Ministra da Saúde diz que sim, que estamos, estamos de tal forma que ainda estamos a ponderar se compramos a vacina ou não, e se compramos que quantidade! Ora, os dados apontam para um aumento de casos desta nova gripe e têm se registado mortes e até mesmo casos de resistência ao Tamiflu, uma das únicas ferramentas disponíveis para tentar travar o vírus. É verdade que a vacina custará dinheiro, poderá ocorrer uma mutação do vírus o que irá inviabilizar a vacina que só estará disponível em Dezembro, mas, não será melhor prevenir que remediar? Não melhor será pensar como o Reino Unido que irá adquirir vacinas para toda a população e talvez pensar numa doação das mesmas aos países menos capazes? Até porque já chegou a África... Não será decente prosseguir, num tom precavido, ao abrandamento de certas obras publicas inúteis e caras e pensar no povo português? Com eleições legislativas à porta, Deus queira que estes tipos não brinquem mais connosco usando a gripe como instrumento politico de "voto-esperança" ou "arma-de-arremesso" em plena praça publica.

Falsas Oportunidades


Muito se fala dos cursos das Novas Oportunidades. Este plano por parte do Governo visa "formar" ou "educar" vários portugueses em tempo recorde, de toda e qualquer faixa etária para mostrar à UE que temos muita gente formada. Primando pelo facilitismo e pelos atestados de ignorância que passam a essas pessoas. A meu ver, este tipo de politicas deveriam ser cautelosamente planeadas configurando o rigor educativo com uma flexibilidade quanto baste, em termos de horários, de forma a permitir um melhor acompanhamento por partes das pessoas que se aventuram nestes cursos.

A realidade destes cursos, é triste. Triste na medida em que as pessoas perdem o seu tempo num sonho de aprender, mas o que realmente aprendem é Português de bolso, Matemática "aciganada" e cultura cívica baseada num aprender a reciclar. Mas isto é que é educar? Em que medida? O que aprenderá uma pessoa nesses cursos que lhe seja útil na vida real? Recebe apenas o diploma! Um papel! Nada de mais. Preferiria, e os interessados de certeza que também, algo sério, acessível quanto baste e valor real! Utilidade! Pois, existem pessoas muito cultas, que tiveram dificuldades na vida e tentam isto na esperança de realmente evoluírem, ou de aprenderem algo de útil para a sua vida profissional. Falsa oportunidade, falsa esperança, falsa seriedade politica.

"Liberdade" e "Respeito" de olhos em bico


No inicio desta semana, assistimos na China, na zona de Xinjiang, a violentos confrontos inter-étnicos em Urumqi. Em resposta aos confrontos assistimos a uma forte, pesada medida de controlo dos manifestantes, traduzindo-se esse acto em vários mortos (supostamente "só" 156 mortos) e vários presos que irão ser severamente punidos pelo acto de se manifestarem por Direitos a que lhe são inerentes. Abrir a boca para evitar o esmagamento e a constante provocação de outra etnia hostil leva a estes tristes acontecimentos. Uns pagaram e outros pagarão o preço por se referirem a "Igualdade" e "Liberdade" e isto viola claramente a o diploma referente aos Direitos do Homem, esse tal papel com força obrigatória "geral" a todos os países.

Estes actos de repressão não serão sancionados pelas entidades internacionais pois, a China é um país "respeitado", rico e... rico. Se compararmos aos factos ocorridos em Teerão que foram alvo de grande mediatização e de ameaças entre várias potencias, Xinjiang foi esquecida pelo mainstream, as pessoas de Xinjiang gritaram de forma muda face ao mundo. Para que servem as entidades mundiais se permitem isto? Para que servem diplomas como a Declaração dos Direito do Homem? Para questões de igualdade, liberdade e protecção não é certamente, pois o recurso ao seu conteúdo é raro, assim como a sua efectiva aplicabilidade. Obrigado meus "senhores" por fecharem os olhos a isto e muito mais. Cada vez mais a Declaração Universal do Direitos do Homem não passa mais que um mero papel com umas "folhazecas" imprimidas.

2 de Julho de 2009; Palco: Assembleia da Republica



Dia 2 de Julho. O Debate sobre o Estado da Nação na Assembleia da Republica, foi palco de um acontecimento caricato. Após constantes provocações sobre a pasta "Minas de Aljustrel" o ex-ministro, Manuel Pinho, saiu-se com uns cornos dirigidos à bancada do PCP. É verdade que, uma pessoa não é de ferro, mesmo um Chefe de Estado não é de ferro, pode rir, pode chorar, gritar... mas tem que conter os impulsos nos momentos chave, mas mesmo que não consiga, que o faça de maneira o mais "light" possível. Mas voltando, este gesto acabou na demissão do mesmo e no próprio dia, a pasta da Economia ficou entregue ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

O gesto do ex-ministro da Economia foi ridículo. Num palco como é a Assembleia da Republica, num debate importante para o país em que até o senhor Primeiro Ministro se estava a sair bem, o gesto de Manuel Pinho causou o choque, mostrou uma falta de elegância ao receber criticas, picardias da bancada do PCP. Os deputados que compõem o parlamento e mesmo os ministros, devem se comportar à altura perante o povo, pois sendo titulares dos cargos que ocupam têm que dar o exemplo da educação e respeito, por mais difícil que seja. Mas quanto a mim, eu considero estes actos o menos mau, pois más foram as politicas deste ex-ministro que para além de más andaram enamoradas com a mentira. Basta ver os empregos prometidos e os reais nas minas de Manuel Pinho, a situação em que as mesmas estão, ou as constantes gaffes deste ex-ministro, daí que diga que a sua demissão peca por tardia.

Esta demissão envolvida em polémica prejudicou e muito a imagem do PS. Com as eleições legislativas à porta, o PS terá que enfrentar reacções dos vários grupos de profissionais às más politicas, o descontentamento do povo português, os ataques pessoais por parte da oposição que se preocupa com o ataque directo em vez de apresentar planos políticos para o país...enfim, é esperar para ver o que sai deste "cozinhado" picante em tempo de Verão quente. O senhor Primeiro Ministro diz que o jogo eleitoral será uma escolha de atitude, pois que essa atitude seja a verdade, realidade e opções chave para o país. O país beneficiaria se a Segurança e a Justiça fossem tratadas de forma correcta, o povo agradeceria e muito! Seria uma excelente aposta e um excelente começo. Chega de andar a brincar às politicas!

1958 - 2009 Michael Jackson


Dia 25 de Junho, o mundo perdeu uma das maiores LENDAS de SEMPRE. De uma infância terrível, cheia de violência e terror a um estrelato ENORME cheio de escândalos e boatos que fizeram a imagem do grande Michael Jackson perecer face aos incultos de sua obra. Acusam-no de racismo, de demência, de pedofilia... Não vou estar aqui a falar de todos os boatos que o devastaram, até porque quem o quiser conhecer melhor bastará ler umas coisas na internet (leiam sobre a doença Vitiligo). Eu não esqueço dos vários contributos de Michael a vários necessitados, o apoio a várias instituições, quem dera a muitos! Mas enfim, é sempre mais fácil criticar e deixar-se enamorar pelo rumor. Deixo então, este mísero tributo a um dos artistas que ouvi, ouvi e ainda oiço sem me cansar! A par de Queen, Beatles, Elvis, Michael Jackson estará sempre na minha cabeça, na minha memória mas principalmente, através do meu ouvido.

Até sempre Michael Jackson.

Dia 27 de Setembro



Hoje, dia 27, o senhor Presidente da Republica, anunciou a data das próximas eleições legislativas, dia 27 de Setembro. É de esperar, vagas de propaganda ilusória ou demasiadamente magica, prometendo mundos e fundos para depois assistirmos a possíveis desastres políticos como têm sido estes últimos 10 anos. Nestes últimos 10 anos, Portugal vivenciou enormes erros políticos, erros de gestão, trapalhices clamorosas quando este nosso Pais tem pouca margem de manobra para derrapar.

Estas alternâncias entre PS e PSD tiveram algumas coisas boas, mas facto é que, as trapalhadas foram ainda maiores e mais gravosas e têm vindo a marcar toda a acção politica no pais. Ultimamente, com este governo do PS encabeçado por José Sócrates, assistimos a choques frontais na educação, na segurança, na justiça... assistimos a antigos governantes desnudados de sua capa e envoltos em processos de corrupção, até o próprio Primeiro-Ministro se vê envolto de polémicas graves para a sua credibilidade e legitimidade no cargo face aos portugueses. Mas, vamos lá ver, o PS não tem só como oposição o PSD, tem também a oposição do BE, PCP, CDS..mas, e alternativas de verdade? Oposição de verdade? Programas, projectos de verdade? Nenhuns. Assistimos a um combate politico com argumentos pessoais e descabidos, tentando ludibriar os portugueses, mais uma vez. Assistimos a conversas demagogas e de puro não-sei-quê, baixo nível, mas programas, alternativas, nem vê-los. Manuela Ferreira Leite, "dona" do PSD, prefere usar a demagogia e o ataque pessoal ao Primeiro-Ministro do que a alternativa concreta para um Portugal de verdade que tanto aclama com o tal slogan de "Politica de Verdade" que tanto imprime. E continuamos nós, nesta coisa a que chamam politica. Não assistimos a debates sérios, de coisas sérias, de assuntos chave para ajudar a desenvolver o pais, mas principalmente, equilibra-lo internamente. Como nos disse o Dr. Medina Carreira em entrevista a Mário Crespo, com estes trafulhas e trafulhices continuaremos enganados e mais tarde ou mais cedo entraremos em colapso. E isto preocupa-me.

Esta ideologia "feroz" e de interesses próprios, desprezando o dialogo com quem tenha opiniões de valor ou mesmo, desprezando o povo, faz com que a Assembleia não seja mais que um covil de interesses partidários, egoístas, mas com direito a brutas almoçaradas e sessões de comédia! É preciso discutir um plano sério para Portugal, é preciso reestruturar economicamente o país, fazer a Justiça funcionar sem medo e clareza, impor a segurança e a confiança, reestruturar o sistema de ensino, estudar melhor os investimentos públicos, criar condições para o investimento em Portugal, ver o que vale a pena e o que não vale, sem debater os pilares da sociedade, do Pais, continuaremos a brincar aos políticos e à politica. Mas não deixo de apelar ao voto consciente naquele partido que nos apresentar o melhor programa eleitoral. Não é preciso gastar muito papel com ele, bastam 2 folhas que a seriedade, empenho e dedicação têm que sair do corpo dos governantes de forma a melhorar este pedaço de terreno que nos pertence, este nosso Portugal. Que a sorte esteja do nosso lado e que nos apareça um grupo de políticos, verdadeiros, que façam o povo andar, acreditar e conseguir viver, nem que seja, um bocado melhor. Dia 27 lá estaremos. Eu vou votar.

Deixo estas interessantes ideias do Dr. Medina Carreira:

O Provedor de Justiça


Grande parte do povo português não sabe sequer, que existe um Provedor de Justiça. É um órgão importante, mas, quais as suas funções? O Provedor tem como missão defender os cidadãos face às demais entidades publicas. É o Provedor que após o estudo das demais queixas irá, conforme o caso, recomendar uma resolução, uma solução para o caso em questão. É quase um "policia" que tenta salvaguardar a legalidade e a constitucionalidade dos demais actos, sempre protegendo o cidadão face aos abusos das entidades publicas. O Dr. Nascimento Rodrigues, foi um Provedor exemplar, o trabalho do mesmo aquando o desastre da Ponte Entre os Rios foi notável, foi um acto bastante certo e principalmente humano, que ajudou várias famílias, e como disse, por exemplo, o Dr. Pires de Lima, será muito difícil encontrar outro Provedor tão bom quanto Nascimento Rodrigues.

Cabe à Assembleia da Republica eleger o Provedor de Justiça, em nome do povo português, mas, o que assistimos foi a uma luta mesquinha entre os partidos que a compõem. Verificámos mais uma vez o esquecimento dos partidos sobre as pessoas que os elegem. E com tanto impasse, perdemos a meu ver, um excelente candidato a Provedor, falo do Professor Jorge Miranda. Uma personalidade culta, séria, um dos principais contribuintes para a democracia em Portugal, desistiu de participar na próxima votação após não ter reunido a maioria de 2/3 necessária na Assembleia, tendo continuado a falta de consenso entre os partidos. Mas,surge-nos hoje, a noticia de que o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, chegaram a acordo e escolheram o nome de Alfredo José de Sousa, ex-presidente do Tribunal de Contas, para Provedor. Por um lado, há que ver que é bom que finalmente se tenham decidido quanto a um nome a apresentar à Assembleia e que, tendo em conta o número de deputados de cada partido, facilmente se consegue a maioria requerida, mas convém não esquecer o espectáculo degradante, das lutas e intrigas partidárias que os que compõem a Assembleia, órgão representante dos portugueses (de TODOS os portugueses), nos proporcionaram. Seria bom algum manual como "Politics for Dummies" para instruir estes senhores (reconheço o trabalho de certa minoria, nem tudo é mau) que metem os proprios interesses à frente dos fins formalmente e materialmente definidos negando o trabalho em prol da comunidade de forma transparente e objectiva.

"As pessoas do povo nunca Irão ser livres"



Dia 12 de Junho, o Irão foi a votos. O Principal combate, não olhando a pessoas, contrapôs a hipótese um regime mais aberto, mais liberto, mais livre, a um regime ultra-conservador, repressivo. Do sufrágio, após uma afluência às urnas de milhões de cidadãos iranianos, o ultra conservadorismo manteve-se no poder. De imediato, surgiram queixas sobre certos preceitos inválidos no sufrágio ocorrido, como o facto de, se vir a comprovar que haveria mais votos que eleitores (!) mas que, apesar deste facto gravíssimo e doloso, decidiu-se optar por fechar os olhos e espezinhar os processos formais.

Ora, sempre ouvimos dizer (ou quase sempre) que, é o povo que manda, pois é o mesmo que elege seus governantes e estes, devendo agir em prol da comunidade, devem estar sempre atentos às manifestações de quem os elege. É numa atenção redobrada, seguindo a ideia de que um cargo de governante não é regalia, que os governos devem funcionar, não funcionando, caberá ao povo eleger de novo de acordo com a sua vontade. Óbvio que não se deverá optar por actos de pura rebeldia, mas sim fazer funcionar as mecânicas necessárias para que as escolhas se processem.

Aquilo a que diariamente assistimos no Irão, é a um "calar" forçoso da autoridade face sobre o certos elementos do povo que não concordam com as ilegalidades cometidas, até pode ser uma massa minoritária, mas, essa minoria tem vindo a crescer graças à repressão barbara das forças policiais e pior, com o desprezo do anterior líder que agora foi reeleito. Face à situação gravíssima que atravessa o país, esse senhor, nao se dignou a olhar e a reflectir sobre o que se passa ou passou no sufrágio, optando pela táctica de acusar certos governos do Ocidente de influenciarem tais actos de rebeldia. As bestas que se dizem lideres, deveriam ser escorraçadas e infernizadas pelo triste trabalho que efectuam sob a capa de eleição livre, enquanto que no fundo transpiram ganancia feroz, sem olhar a meios. Bloqueiam informação, censuram imagens e ideias mas mais grave ainda, é matarem gente inocente aprisionando-as no conceito universal de liberdade.

Trabalho em serviço do povo? Da comunidade? Do Bem-comum? Não me venham com estórias, liberdade não é aquilo, não é isto. A Dignidade de qualquer pessoa, especialmente das inocentes, vale muito mais que o poder de um caga-tacos que se diz líder do povo.

Como odeio este tipo de gentalha. Que tudo melhore no Irão. Que a sorte proteja os inocentes e que o destino lhes seja feliz.

Sobre a Dignidade Humana



Hoje, no agora, no actual, deparamo-nos com algumas, várias, questões relativas ao conceito de dignidade humana e a sua relação presente num eu face a um tu, num eu face aos demais, nos meus direitos e liberdades que personalidades de outrora lutaram, conseguiram, cristalizaram, para que no dia de hoje, esses mesmos direitos e liberdades me estejam garantidos face a um outro a mim semelhante, a que a me é igual e que, num ambiente comunitário, numa convivência ou mesmo sobrevivência numa sociedade, a minha relação com o meu semelhante me é essencial na minha formação como pessoa, como nos diz Ortega y Gasset.

A consciência sobre este conceito surgiu após vários e repetidos episódios de exploração, tortura, abuso, desprezo, ganância, morte como por exemplo: as torturas escravas de várias civilizações grandiosas, que tratavam pessoas, seres, como meros objectos sem direito a qualquer protecção, assim como seus imperadores, como Nero, que se divertiam com a desgraça alheia; os abusos de monarcas barrigudos e autoritários espezinhando semelhantes com o ouro e diamantes de suas coroas, assistimos a regimes de “eu posso,quero e mando” sem a prossecução dos valores necessários para o cargo; abusos de humano para humano na época de descoberta de novos mundos, falo portanto, da questão dos Índios, em que se discutia enquanto se assistia a abusos continuados a seres humanos, nossos semelhantes, em que “pecavam”, por não ter tido a sorte de se terem desenvolvido abraçados à tecnologia da época para se afirmarem ou se prepararem para um futuro que nunca o puderam esperar. Estes, são alguns exemplos, de vários a que a humanidade assistiu e debateu. Mas, por sorte, surgiram-nos vários grandiosíssimos pensadores que, aproveitando a sua influência nos meios, conseguiram instituir as bases de tal conceito chave para a humanidade. De entre muitos, destaco, Immanuel Kant que implementou na base de dados de valores mundial, o facto de, o ser humano, quer seja ele rico ou pobre, forte ou fraco, saudável ou doente, ter direito a ser tratado dignamente, a não ser usado como mera peça, a ser protegido face ao outro, chutando desigualdades e impondo a igualdade devida, real e necessária num mundo animal como o é, foi e será; mesmo sendo o maior dos criminosos, o pior ser humano desprovido de valor ou amor, deverá que ter dignidade, pois é humano, pois apesar de ter sido mal desenhado quer por culpa sua, quer por culpa do meio onde cresceu, é um humano munido de dignidade igual aos demais.

Os tempos correram, as bases se foram cristalizando, assistimos aqui e ali, a movimentos tão dignos, tão necessários como a Revolução Francesa de 1789, a declaração de independência dos EUA. Assistimos, a movimentos nos demais Estados defendendo, formalizando, direitos, liberdades e garantias a seus cidadãos, a suas pessoas. Mas, no entanto, quando se esperava que com o avançar dos anos, as coisas melhorariam, quer pelo avanço tecnológico, quer pelo avanço do sentido de liberdade, de humanidade, quer pelo avanço de valores morais e educativos, ainda à coisa de 60 e poucos anos atrás, assistimos a uma era, tão pobre, tão humilhante, tão horrenda, tão animalesca como foi o exemplo do extermínio de milhões de pessoas inocentes por parte de um sonho, de uma demência de um homem, ou de um grupo de homens, que tiveram ideias de espezinhar seus iguais para conquistar respeito, autoridade e consequentemente o mundo, falo portanto, da Segunda Guerra Mundial, que foi um ponto culminante para se instaurar de vez, preceitos normativos, com força obrigatória geral a todo e qualquer estado, a todo e qualquer povo através da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Mas, convém não esquecer que para além do nome de Adolf Hitler, temos que ter em conta actos tão horrendos, que por vezes são esquecidos como os realizados por Estaline, Bokassa, Idi Amin… esse esquecimento, leva-nos à ideia de Ken Mehlman: “num mundo onde existe uma riqueza de informação, existe frequentemente uma pobreza de atenção” e de facto, é verdade.

Mas, como é que hoje em dia, verificamos e utilizamos, defendemos, melhoramos isto a que chamamos de dignidade da pessoa humana? Com os contributos de Unamuno, Heidegger, Jean Paul Sarte, entre outros, começámos a pensar de um modo mais concreto, mais social, mais proteccionista dos valores inerentes à pessoa humana, idealizámos Estados Sociais (Unamuno) como forma de combater a desigualdade, a pobreza horripilante… mas olhando para hoje, verificamos quer ao nosso lado, quer em sítios tão ricos como Africa, que nada disso funciona, ou não tem aplicabilidade, o que tem aplicabilidade é a lei do mais forte, mais esperto assim como a lei do dinheiro: “não tens dinheiro, não tens futuro, nem oportunidade para pensares sequer nisso”. Não podemos falar também num livre enriquecimento só porque tem pouco, mas, a nível politico, temos que trabalhar mais para tal, reformular ajudas, dar oportunidades a quem mais queira e precise mas fiscalizando as mesmas para que não se crie autênticos bluffs e prendas mensais a quem não quer, ou finge que precisa. Mas, então, que ideia a reter do conceito de dignidade humana? Essa coisa tão formal, tão natural mas tão pouco aplicada? Ou quando aplicada é-lo a uns furos abaixo do necessário? O Professor Paulo Otero brinda-nos com esta ideia: a dignidade humana é um valor máximo dotado de uma natureza sagrada e de direitos inalienáveis, afirma-se como valor irrenunciável e cimeiro de todo o modelo constitucional, servindo de fundamento do próprio sistema jurídico: O Homem e a sua dignidade são a razão de ser da sociedade, do Estado e do Direito. De facto, hoje em dia, Estado que não siga a defesa destes valores, deverá ser fortemente penalizado, mas, que raio de sistemas livres temos, isto a que chamam de Democracia, sistema de liberdade, pois, fora dos telejornais sabemos ou mesmo vivemos, situações que não dignificam em nada estes princípios pelos quais autênticos heróis nos estabeleceram e o Estado Democrático, defensor e protector da dignidade, da liberdade, da igualdade pouco ou nada faz, pois, não passa na televisão? Que raio de poder politico, que raio de governantes nos calham que não conseguem garantir tais valores, tal segurança? Não nos basta socorrermo-nos da inerência natural, é preciso sim, verificar o que falha a nível de formação cívica, de educação. Fora isso, resta-nos cair para aquilo que constantemente ouvimos, lemos em todo o lado, ou seja, falo de testes nucleares, corrupção, interesses de elites desumanas, tráfico de pessoas, redes de prostituição, de tráfico de órgãos, redes pedófilas… após a queda da União Soviética, assistimos aqui tão perto, a amizade entre Governo e Máfias, como na Bósnia, Bulgária entre outros que tais, que não olhando a meios, não olhando a valores, a cada novo dia, surge o sonho ou o querer de seguir a “profissão” de corrupto, pois rende, pois é se impune, pois o que interessa são os Euros, não as vidas de quem sofre, de quem perde sonhos, de quem perde o mundo, não interessa a vida de quem tomba de cansaço para lutar. Até quando esta impunidade global? Até quando continuarão as violações constantes aos diplomas obrigatórios a nível mundial? Para quando uma revisão no dicionário e mesmo a nível conceptual do conceito de dignidade humana? Para quando os novos heróis da humanidade? Não será triste andarmos iludidos com falsas protecções? É que andar sempre com a mesma mascara cansa, para não falar dos irritantes elásticos que tanto nos comicham, que tanto nos incomodam.

Como me deixas triste Portugal



A pouquíssimos dias do dia da liberdade, o eterno 25 de Abril, oiço com gosto a eterna musica do senhor Zeca Afonso, Grândola Vila Morena. Ao olhar para a história de Portugal, que teve tanto, para se destruir e deixar consumir por valores desprezáveis como a ganancia, o egoísmo...enfim, como isto nos deixa tristes e sem vontade para nada, resta-nos pedir a Deus, aos nossos antigos pais, antigos avós, para ajudarem esta nação portuguesa a recompor-se. Este nosso país que tão necessita de apoios morais, precisa de uma limpeza profunda, precisa que os verdadeiros lideres se cheguem à frente, que consigam endireitar este nosso pedacinho de terra, o português precisa de Portugal. Chega de usurpadores!

Amo-te Portugal, esperarei sempre por ti, por aquilo que tu poderás ser. Geograficamente pequenino, historicamente enorme.

A dureza do Chefe



Na abertura do 4.º Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores, assistimos a uma intervenção dura, critica, do nosso Chefe de Estado ao governo e aos demais empresários. Foi duro, foi, mas vejamos umas passagens do mesmo discurso:

num cenário de dificuldades, e sob a pressão da necessidade urgente de agir, as decisões nem sempre são ponderadas devidamente, acabando por abrir espaço para o desperdício de recursos públicos” ou “para a concentração desses recursos nas mãos de uns poucos, precisamente aqueles que detêm já maior influência junto dos decisores

não se trata de governar para os números, nem para as estatísticas”. “Estão em causa problemas concretos de natureza social, que geram situações de desespero e afectam com especial gravidade os mais desprotegidos. Problemas cuja resolução é uma responsabilidade política e, mais do que isso, uma condição necessária para a estabilidade da nossa democracia”.

É uma boa critica, está bem metida mas não foi isto que toda a oposição, com demagogias pelo meio, veio dizendo e dizendo ao longo dos tempos? Sabemos nós que, o governo com maioria absoluta retira muita natureza à Assembleia e amarra o Chefe de Estado a si próprio deixando-o com poucas opções para agir, para juntar ao fraco carisma do senhor Cavaco Silva perante o povo, perante o governo.

Com isto retiramos portanto, que Portugal, com estes grupos e ideologias maioritárias na Assembleia, não pode ter um governo com maioria absoluta pois daqui partimos para uma autentica ditadura forte, manipulativa e com a máscara de trabalhar apenas e só para as estatísticas esquecendo-se do mais importante que é a ajuda directa, o trabalho directo com o povo português.Com esta crise gravissima, não temos visto nada de nada, o que nos deixa com medo e se não deixa, deveria deixar, porque o futuro é algo incerto e pode-se tornar perigoso se nao formos conscientes no presente.

Graças a situação de passividade, deixa também sem qualquer pressão necessária, os vários ministros componentes do governo. Assistimos a uma "sem vergonha" autentica destes senhores que deveriam ter mais seriedade e valor tendo em conta os cargos que ocupam. Principalmente o senhor Primeiro Ministro que apesar de ter carisma, ser reformista (até sorri quando escrevi isto), não tem o mínimo de decência de por os pontos nos is quando o acusam perante o país de ser corrupto, não passando das meras palavras aos actos de prova da sua inocência, à disponibilidade para o demonstrar. Simplesmente vergonhoso.

Que Deus nos ajude pois precisamos de pessoas de valor para que trabalhem para a população, não esta escumalha que já mete nojo.

Conservar e melhorar a Academia



É certo e sabido que sem pólos universitários de excelência para formar pessoas e cidadãos, um país, uma nação, não anda para a frente. Uma Universidade para além de formar profissionais, ensina ou tem que ensinar também, a esses profissionais a serem pessoas honestas, boas, com valor cívico, com valor Humano, pois sem isso, nós, não passaremos de robôs que aceitamos tudo, vemos tudo e não criticamos nem mudamos o que podemos e o que devemos, dentro da medida do possível claro está. Continuaremos, sem isso, num individualismo demasiado concentrado.

E para que essas Universidades continuem o seu trabalho há que financiá-las, não se pode deixar cair o Ensino Superior publico que é essencial para o futuro de muita gente! Faço então, referencia a esta noticia que revela, demonstra uma iniciativa excelente a nível internacional, deixo-vos uma pequena passagem:

"A associação quer que os países europeus ultrapassem o grande investimento em educação e investigação estabelecido no pacote de estímulo à economia norte-americana e a apoiar quer a investigação quer as famílias de estudantes no ensino superior, que se esforçam para pagar os custos deste nível de instrução. Apela ainda a esforços renovados dos governos para atingir o objectivo de investimento de 3,0 por cento do PIB em investigação e de 2,0 por cento no ensino superior, tal como proposto pela Comissão Europeia.

A declaração destaca que um pacote de estímulos na Europa é necessário para criar oportunidades reais e incentivar os jovens investigadores, tirar partido do financiamento da aprendizagem ao longo da vida em todo o continente e melhorar as infra-estruturas das universidades."

Mas eis que nos surge esta outra noticia que nos indica falta de verbas para pagar salários aos docentes universitários..É preocupante, é certo que sem dinheiro pouco ou nada se faz, mas, à que levar em conta, e é essencial, o facto de que, ao se aplicar o dinheiro tem que se fazer gerência do mesmo. Uma melhor politica de fiscalização a nível do Ensino Superior, reorganizar os cursos disponíveis, salvar gastos parvos e "limpar" o Ensino Publico de interesses e afins. Tem que se criar um clima favorável ao ensino, com gosto, com o intuito de apenas e só criar futuros mestres de qualquer área, passar o conhecimento o melhor possível para que se continue o legado do saber! Interesses neste campo, como por exemplo o "boom" de hipóteses privadas, tem que ser reduzido drasticamente, pois, estes polos preparam, na sua maioria, mal os seus alunos olhando apenas para as doses de moeda recebida em troca de diplomas, por outro lado, isto também se passa devido à fraca cultura de empenho de grande parte dos seus utilizadores, seguidores do lema "Fácil".

Para se evitar isto e muito mais, teria que se reformular e reestruturar as bases do sistema educativo e de acesso aos cursos. É preciso dar uma oportunidade a todos, primando pela igualdade de acesso. No entanto, há que impor uma educação estudantil para que realmente todos tenham ganas de serem melhores, de conseguirem seguir os seus sonhos, não abdicando da exigência que deve ser quanto baste e desprezando completamente o mero facilitismo que vai imperando em grande parte da educação de hoje em dia.

Deixo-vos estas frases interessantíssimas:

"Se acha que a educação é cara, tenha a coragem de experimentar a ignorância." Derek Bok

"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tão pouco, a sociedade muda." Paulo Freire

Operação Secreta: Almoços, espiões e fantasias


Segundo esta noticia, Manuel Alegre, histórico do Partido Socialista, "reuniu-se" num jeitoso almoço com Mário Mendes, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), Antero Luís, director do Serviço de Informações de Segurança, SIS, Alberto Martins, presidente do Grupo Parlamentar do PS e ainda João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público responsável por uma grave polémica sobre eventuais pressões sobre magistrados. Então não é que parece mesmo algo conspirativo? Então, estes senhores, tendo em conta ao que pertencem, calharam por mero acaso num restaurante? Claramente, foi coisa do destino, deixe-mo-nos de fantasias que em Portugal, sabemos nós bem, que as palavras corrupção, conspiração, passividade, crime, violência e demagogia não existem no dicionário! Pelo menos estas! Ok, pronto, até se usam e tal, mas serão usadas correctamente?

Mas...e se for mesmo uma conspiração? Será que estão a planear uma desconstrução de um aglomerado corruptivo e totalmente inundado de suspeitas, falcatruas e o diabo-a-quatro e não me disseram nada? A ver o que sai daqui!

"A verdade se corrompe tanto com a mentira como com o silêncio." - Cícero

Justiça em coma induzido


Que raio de confusão!

De à uns tempos para cá, temos assistido a cada vez mais a uma infecção geral na Justiça Portuguesa, tal estado de saúde é grave, muito grave, pois da Justiça depende um monte de gente que se baseia na mesma para viver em paz, segurança e equilíbrio. Não se verificando um ambiente saudável cairá tudo na insegurança, na desgraça, no abuso da liberdade de cada um, suprimindo a dos demais, o que se verifica e por vezes de forma pesada, negra, sem que a Justiça chegue e aplique efectivamente correcções, sanções pesadas, sinceras e que sirvam de exemplo para tudo e todos. Nesta amarga realidade, não é isso que verificamos, assistimos, porém, a tentativas, a embustes públicos na solvência de casos importantes na sociedade, sabemos num círculo mais restrito de um ou outro caso em que tudo é decidido ao contrário ou quando é decidido positivamente, as burocracias e o excesso de tecnicidade não concluíem resultados justos. Sei que existem bons profissionais, sei que existem Senhores que sabem o que é Direito, sei que existem penas justas, mas estas são tão poucas que são engolidas pelos restantes cancros. É preciso mão dura, justa para resolver esta realidade.

Vários são os casos públicos que, na importância de se conseguir Justiça Real, falham redondamente por não se conseguir adiantar trabalho, despachar documentos, trabalhar humanamente e com sentido natural dentro da técnica necessária e exigível, tornando o injusto como impune, o justo como culpado, o prevaricador da ameaça/ofensa em legitima defesa é tido como assassino, o assaltante como coitadinho porque apenas tinha 16 anos e nesta lengalenga a sociedade absorve um sentimento de passividade da Justiça, por mais grave que seja o delito, com uns sorrisos está-se cá fora pronto para outra e cresce a pique, o sentimento de revolta, o querer fazer justiça pelas próprias mãos, olho por olho, criam-se os estereótipos, o racismo, o xenofobismo, tudo porque não se culpa o individuo branco, preto, cinzento, amarelo, lilás pertencente a qualquer classe ou etnia, mas sim o grupo ao qual pertence, deixando depois ao tempo, o trabalho de fazer esquecer os actos negativos numa de "o tempo sara tudo".

Para além destes casos presentes no nosso "doce" dia-a-dia, assistimos a coisas mais estupidificantes como manipulações de investigadores, a manipulações políticas, favores a máfias económicas…seria muito extenso enumerar os vários sintomas desta Justiça em coma induzido e envolveria um maior investimento em tempo para abordar um ou outro assunto concreto, mas deixo ao vosso sentido de investigação para ver e estudar pormenores que falham ou que enriquecem as várias situações a que assistimos. Mas pronto, 2 casos mediáticos em que verificamos certos erros, trocas e "diz-que-disse", jogo de bastidores, como por exemplo o caso Maddie que foi fortemente atado, deixando montes de duvidas, protecções a privados iguais mais iguais que outros e coisas sem sentido por parte dos visados acabando no simples arquivamento do mesmo. Outro caso, este bem presente nas nossas televisões e jornais, o caso Freeport que “envolve” o nosso Primeiro-Ministro José Sócrates, para além de verificarmos demoras excessivas no decorrer do processo, verificamos oportunidades absurdas de atacar o Primeiro-Ministro, pondo em causa a sua seriedade e causando um sentimento frágil na sociedade que vê "o eleito" para o executivo em 2005, envolvido num caso grave e que merece ser resolvido e esclarecido em tempo recorde para que tudo assente. Campanha negra? Talvez, não esqueçamos que as legislativas estão aí. E que raio se passa com o senhor Presidente Cavaco Silva que se recusa a comentar sobre o caso dizendo que são "assuntos de estado" criando mais desconfiança na sociedade. Alguém tem que resolver esta situação, tem que haver responsáveis pela bola de neve criada, quem no Ministério Publico andou a dormir? Tanta pergunta ainda sem resposta ou com respostas demasiadamente fraquinhas para se compreender tudo isto e muito mais.

Outra coisa que me preocupa é o facto de o Governo "querer mandar" nos Tribunais, ou seja, o facto de um órgão de soberania querer controlar outro órgão de soberania impondo, por exemplo, portarias (!) que obrigam os magistrados a usarem um sistema informático que ao que parece é inseguro, pode ser acedido e manipulado por qualquer um gerando mais uma quantidade demoníaca de indefinições sobre o sistema judicial português. Surge-me a pergunta, onde anda, num Estado de Direito, o respeito pelos demais órgãos de soberania? Onde param, então, os princípios da separação de poderes presentes em estados democráticos? A teoria da separação de poderes desenvolvida por Montesquieu visou controlar, moderar o poder do Estado distribuindo as várias funções por órgãos autónomos, independentes. O órgão legislativo seria o parlamento, o órgão executivo seria um governo responsável pela politica do Estado e por fim o/os órgãos Judiciais seriam apenas e só os tribunais, existe depois a questão da interacção entre os demais órgãos como se verifica nos Estados Unidos da América ou uma total independência dos mesmos como no sistema Francês, fora isso, cair-se-á num Estado de cariz perigosamente totalitário: um órgão soberano a querer mandar noutro? O Governo a querer mandar nos Tribunais? Na Justiça? Isso seria absurdo! Isso é absurdo. É preciso regular estas relações entre órgãos e criar meios efectivamente eficazes para os mesmos funcionarem independentemente e se por ventura interagirem entre si, que o façam dentro da legalidade constitucional!

É preciso uma verdadeira competência, são precisas pessoas empenhadas e inteligentes nos vários cargos importantes, é preciso uma verdadeira cura para esta infecção geral que vive este nosso sistema…e que seja breve! Entretanto, a Justiça continuará em estado de coma induzido à espera de melhoras, não sentindo qualquer dano fisico/psicológico. E é preciso também, que por mais poder que exista, que o mesmo seja regulado, pois estamos num Estado de Direito!

Através da mais pura inocencia


Iniciou-se esta semana o julgamento de Lubanga no TPI (Tribunal Penal Internacional), primeiro processo desde a sua criação em Haia. Este indivíduo é acusado de usar crianças-soldado na República "democrática" do Congo no seu grupo "terrorista", a União dos Patriotas Congoleses. Todos nós sabemos que, em guerra, são capazes de ser cometidas as maiores atrocidades contra seres semelhantes tendo em vista fins positivos, atenção que em conflitos armados nada é de negativo formalmente, tudo serve de argumento para invadir e destruir, tudo serve para ser arremessado contra algo, é tudo visto como "bom" porque ou é necessário no presente ou pode vir a dar frutos no futuro.

Falemos então do tema, o uso de crianças em conflitos de adultos. Bom, desde logo é totalmente repugnante retirar a inocência pura de uma criança que pouco ou nada conhece do mundo em que vive, sujeitando-a a actos terroristas sobre a mesma. Pobre ou rica, cada criança deverá ter todo o tipo de garantias para que cresça minimamente feliz, para que ela mais tarde, se torne um ser Humano, digno dessa classe. Umas têm sorte por nascerem livres e permanecerem livres, outras têm o tenebroso destino de serem acorrentadas a egocentrismos de adultos acéfalos, que liberdade tem um adulto, a troco de dinheiro, recrutar uma criança para "lutar" pelo seu povo? Uma criança com 9 anos, 10, 13, não tem capacidades para enfrentar uma situação dessas, instruir uma criança para matar outros seres é demasiadamente abusivo para sequer se pensar em algo menos mau. São armas fáceis de adquirir em países pobres com sistemas políticos fracos e corruptos, é menos um encargo para as famílias pobres, trocam o sentido paternal por dinheiro e sendo as crianças paus mandados dos adultos, não haverá revolta por parte dos mesmos. Estas crianças devem estar totalmente destruídas a nível moral, umas memórias tão negras como as que passam numa fase tão única da sua vida é de perspectivar um futuro de si medonho se estas não forem realmente resgatadas para o lado real e positivo da vida. Só o facto de verem os seus próprios pais a trocarem-nos por dinheiro é…indescritível.

Que raio se passa neste mundo? À medida que passam os tempos, as sociedades evoluem, mas os mesmos podres por cá continuam e evoluem para pior! Antigamente eram mandados os adultos por mais atrapalhados que fossem para a guerra, em tempos as novas terras aquando a sua descoberta cresciam a olhos vistos e agora? Agora existem acções fantasma que prometem ajuda para os mais necessitados e menos evoluídos, existe o falar de forma formal para justificar “demagogias” actuantes por mais hediondo que seja o objectivo chegando ao ponto de praticar actos de terrorismo como o de usar crianças "brincar" às guerras. E para mais, o tal indivíduo, considera-se inocente o que faz efervescer nos observadores deste e outros casos, um sentido de estupidificação perante tal.

Espero que no TPI se faça justiça real e verdadeira, espero que senhores como Luís Moreno-Ocampo se cheguem à frente e tentem resolver problemas tão esquecidos como estes, pois existe muita coisa no mundo que nos passa despercebida e mesmo quando se fala dela é só em tom de novidade e raramente se produzem acções rápidas sobre a mesma. Não nos esqueçamos que, estão em causa Direitos Humanos que de toda e qualquer forma devem ser assegurados. Se ao menos as burocracias tivessem um maior sentido de humanidade...