Professor Inocêncio Galvão Telles


A Faculdade comunica que faleceu hoje, dia 26 de Fevereiro, o Professor Doutor Inocêncio Galvão Telles. O Prof. Doutor Inocêncio Galvão Teles foi, durante mais de 40 anos, um dos grandes Mestres desta Faculdade, com serviço prestado em várias disciplinas. Teve um papel relevante na vida da Faculdade, de que foi Professor, Director, Presidente do Conselho Científico e Professor Bibliotecário.

O Director, certo de que exprime os sentimentos dos docentes, alunos e funcionários, associa-se à dor da Família.

Em sinal de luto não serão leccionadas aulas na segunda-feira, dia 1 de Março.
O corpo estará em câmara ardente na Basílica da Estrela a partir das 20.00 horas de hoje.

Amanhã, às 14.30 horas realizar-se-á a missa de corpo presente seguindo o funeral para o cemitério de Oeiras.

Faculdade de Direito, 26 de Fevereiro de 2010

O Director

Prof. Doutor Eduardo Vera Cruz Pinto

Deixo a comunicação pela Faculdade de Direito de Lisboa deixando ainda, como aluno desta grande escola, as minhas sinceras condolências.

Portugal em Estado de Sítio


Temos assistido nas ultimas semanas, últimos meses, a gigantescos e efusivos ataques ao Governo de todo e qualquer lado, de todo e qualquer ângulo. Chegámos a um ponto em que os podres brotam da crosta e demonstram que tudo aquilo pelo qual anteriores a mim lutaram, está podre, mau, nada moderno, nada moral, nada límpido. Arrisco-me a dizer que, depois do 25 de Abril, não fomos capazes de construir um país digno de se viver. As instituições soberanas estão poluídas de gente sem ética, abafando ou afastando as pessoas de valor, deixando então a sociedade portuguesa entregue aos conluios podres de amizades restritas. A Justiça está moribunda como eu anteriormente escrevi num outro post, e como está moribunda, prossegue o sentido de impunidade, de malvadez mesquinha, de desrespeito pela Lei, caindo o país num total poço de confusão. Sem consequências. E alguns aplausos tontos.

Toda a gente fala de censura ou falta de liberdade, mas o que eu vejo é uma sobrevalorização da libertinagem e do abuso de direitos garantidos. Não me venham dizer que, liberdade quer significar total impunidade e arbitrariedade de opinião prejudicial a outrem, ultrapassando tudo e todos, fazendo tentar vingar a sua opinião por mais porca que seja. Assistimos a vozes de pessoas como Manuela Moura Guedes ou Mário Crespo a gritar por censura, dizendo tudo e mais alguma coisa tal qual como as virgens ofendidas primando pela hipocrisia quando não aceitam determinadas verdades sobre suas pessoas, levando a ombro o apoio de políticos oportunistas para tentar vincar o seu desprezo face ao Governo. Estúpido é também o apoio de "moda" que obtêm quando vêm a publico fazerem-se de vitimas, e os apoiantes "modistas" chutam a imparcialidade para um canto apoiando causas sem razão. Hoje todos querem ser protagonistas da televisão e quanto mais polémica houver, melhor, mais minutos de antena e mais jornais, e mais ataques de espuma em plena praça publica. As altas autoridades não sabem como trabalhar os temas, como controlar estes excessos ou demonstrar que o que se faz é errado e deixam brotar precedentes perigosos. Por vezes ouve-se os apelos ao sentido de Estado, de responsabilidade, sentido de Justiça, mas os resultados de certo não são favoráveis, o que nos remete, inevitavelmente à pergunta cíclica, como resolver? Como resolver estas confusões valorativas se os nossos pilares foram montados com materiais fajutos?

Deixando uma palavra ao inevitável caso das escutas que tem sido muito, mas muito debatido chegando ao ponto de colocar em cheque o senhor Procurador Geral da Republica e o senhor Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, no fundo, a Justiça portuguesa, a transparencia dos governantes demonstrando que a politica aliada aos media tende a suprimir a legalidade e o justo de forma a vender estórias, de forma a ganhar votos. Será bom? Será correcto apelar-se a um Estado de Direito quando estes choques paradigmáticos ocorrem diariamente? Fora isso, onde estão os valores morais, éticos que se exigem numa sociedade moderna? Isto é um circo de mau nome e espectáculo pelo qual dispenso bilhete. Ontem foi instaurada uma providência cautelar contra o jornal Sol, e logo vieram os dizeres de "censura prévia", e a minha pergunta é: Qual é o espanto de uma providência cautelar? É um mecanismo legitimo para quem esteja envolvido em determinada publicação e que essa mesma venha a prejudicar o individuo em questão, é uma pessoa, com vida e com direitos iguais aos demais cidadãos. É certo que nestes casos, deve o interesse publico ser ponderado, mas se depois dessa ponderação, o interesse publico não prevalecer, não me venham gritar "censura" porque é decerto mesquinhez novelesca. Pedem que a Justiça funcione, mas de preferência contra os inimigos ou que não contraponha os interesses próprios, francamente. Que eu saiba, os jornalistas, apesar de terem um trabalho importante em toda e qualquer sociedade, não se podem sobrepor à legalidade, pois é mais um soco nos mínimos de ordem publica exigida.

Quando se pede que a Lei funcione, tem que se aceitar a igualdade de aplicabilidade de efeitos, de consequencias, pois as leis devem ser gerais e abstractas. No fundo, à que resumir a ideia de que as coisas só serão boas se nos forem favoráveis, que bom ponto de vista, totalmente correcto e cheio de de sentido de justiça. Quem me conhece, saberá tão bem pelo que primo, primo por justiça, bom-senso, respeito, daí que veja este caso das escutas, ou mesmo o caso Freeport, com a necessidade de se trabalhar com o mínimo de rigor, investigar oficialmente o que tiver de ser investigado e se houver, realmente indícios de que algo não foi licito, então ai sim, avança-se para a instauração de castigos e o reestabelecimento do equilíbrio, demonstrando que a Lei e a ordem existem e são essenciais para se viver em comunidade e para isso deve-se conservar o tal mito do Segredo de Justiça, pois sem tal, toda e qualquer investigação cai por terra e os prevaricadores fogem de sorriso na cara.

Contudo, esta situação toda fere o Governo de morte, estas engenharias de sombra vêm demonstrar a possibilidade de dentro de uma democracia surgir o pânico totalitário e dominante do poder politico sobre a sociedade, tomando de assalto, principalmente, os meios de comunicação social. Voltamos então à complicada redundância de contrapor valores e liberdades. Se efectivamente, se comprovar os indícios e manobras nas ditas escutas, então à que ter atenção a tudo isto. É tudo muito grave. Numa altura em que é preciso o mínimo de governabilidade, deparamo-nos com estas questões básicas em sociedades modernas, e pior, a juntar aos dizeres "famosos" do "pigmeu" Paulo Rangel em pleno parlamento europeu, temos os olhares de fora, que vão pesar em futuras decisões e opções sobre Portugal. Creio que precisamos de rever o que significa o conceito de Democracia e redefini-la a nível interno, pois quem nos administra (por mais que pese o termo) parece não saber o que seja, não falando no Governo.

Não me querendo alongar mais, sinto que o que vivemos hoje, sinto que o que temos vivido até ao dia de hoje aliás, vem demonstrando sinais graves que os pilares básicos, os sistemas básicos da sociedade não estão a funcionar. A Justiça debate-se com problemas internos e externos, os interesses políticos privados sobrepõem-se ao interesse publico, a sociedade desleixa-se e grande parte dos jovens não vão ter um futuro prospero, no fundo, este bolo vai-se enchendo de bolor, até ao ponto de não retorno, e depois? O que fazer? O que fazer a um país em que os valores bases foram à muito esquecidos e substituídos por nada? Tanta aclamação de valores e todos os dias se cospe no que outrora se conquistou, pensando no próprio umbigo, desvalorizando a luta por uma sociedade melhor, por um país melhor. Podem-se pedir mais leis, mas como diz Montesquieu, interessa é ver a Justiça ser executada, pois existem boas leis em todo o lado.


Terrorismo camuflado


Ao ler esta noticia sobre os possíveis abusos de agentes americanos sobre prisioneiros acusados de actos ou convivência com terroristas saltou-me de novo a questão de, será que o TPI vai agir como devido após adquiridas as provas necessárias e sem olhar a nomes, penalizar por igual, tratar como igual, um governante americano tal como trata qualquer outro? Ou cairemos no esquecimento, que não houve qualquer abuso? Ok, existem e deve-se recorrer, em minha opinião, a alguns métodos mais duros, mas, com os devidos limites. Sabemos bem como funciona o Homem, sabemos os possíveis treinos, as possíveis maneiras de não se descair de um plano de uma organização sob pena de prejudicar a sua família que nada tem a ver com actos hediondos de terroristas, repressores da liberdade, empregados do medo.

Defendo métodos duros em certos casos, mas sem nunca por em causa a dignidade da pessoa humana ao ponto de a suprimir com o exagero animal da tortura vil. Um estalo, porque não? Se tal implicar salvar vidas humanas, sim. Choques eléctricos contínuos? Sem qualquer resultado? Sob pena até de destruir a saúde de um inocente injustamente acusado. Não. Considero tais actos brutais como terrorismo categórico. Pode ser algo confuso o meu ponto de vista, mas, no fundo tentei!

Jornal (ibero)Nacional



Com o cancelamento do Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes por parte dos "donos" da PRISA, argumentado reajustes financeiros, fez estalar as conspirações anti-PS e foi criada uma arma de arremesso ao Partido Socialista durante este período de campanha eleitoral para as eleições de 27 de Setembro.

Falando da qualidade do espaço de MMG em si, bom, nunca fui adepto de noticiários como este, prefiro noticias mais sóbrias, mais reais, verdadeiras noticias vá e não aquela coisa que MMG fazia nas noites de Sexta-Feira. Era um espaço mesquinho, propositadamente atacante, cheio de incongruências, MMG falava como se fosse o supra-sumo da verdade e da justiça, humilhava (ou tentava) os convidados que entrevistava ou visava atingir (Dr. Marinho Pinto, Primeiro Ministro...). É uma jornalista arrogante, com manias, não aceita criticas ao seu trabalho (bem merecidas), criava conflitos com outros colegas dentro da própria estação e só não foi demitida mais cedo pois, seu marido José Eduardo Moniz, se encontrava na presente estação.

Falando agora, da coisa mais complicada, as acusações ao PS de ter "silenciado" o jornal da MMG. Não quero acreditar, nem acho que seja mais lógico pegar nesse argumento. Independentemente do material que a TVI prometeu mostrar sobre o caso Freeport, caso pelo qual anseio que se resolva pelo melhor, que se penalize quem mereça, clarificando essa falcatrua. O Governo do PS foi muito visado pelo jornal de MMG, especialmente o senhor Primeiro-Ministro, mas para quê pegar em mais medos e "poderes ocultos" e mexericos, num período de campanha eleitoral em que são precisos programas para o país? Acho que, sem qualquer prova concreta, não se deva partir para esse cenário. Devemos focar a nossa atenção nos principais problemas de Portugal e depois, com provas concretas, atacar qualquer atitude antidemocrática, repressiva da Liberdade. De outro modo, não optaria por criar tal ambiente. Por isso, prefiro pensar assim: não terá sido uma jogada da empresa espanhola, aproveitando tal conflito entre o espaço de sexta-feira e o Governo para tentar obter alguma regalia? É que parece isso (conspirando um bocadinho, mas nada de fascismos), e se assim o foi, então foram demasiadamente estúpidos ao pensarem que um partido, um Governo, com tal atitude "silenciadora" lhes fosse oferecer uma cambada de TV-LED ou BMWs! Haja paciencia! Outra questão a ter em conta é o facto de um grupo espanhol controlar informação portuguesa, deveriam ser tomadas as precauções necessárias para se evitar tal, pois é uma situação caricata, absurda, daí que me leve a pensar no que expus acima.

Nos debates que aí se avizinham, esperamos que se fale dos problemas reais do país, que se fale do que foi feito, do que possa melhorar, o que se fez de mal e que apenas se ocupem do futuro dos portugueses, deixando os "atentados "algo" fictícios" (tanta aspa) à Liberdade de lado não existindo qualquer prova concreta de tal.

V de Não-sei-quê


Depois de um importantíssimo trabalho por parte da comissão parlamentar sobre o escândalo do BPN, que terminou com um "sabor a pouco" após meses de investigação, Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal enxovalhou num tom vitimizado a actividade do Parlamento, menorizando a importante investigação realizada. Mostrou-se arrogante, parvo, mesquinho e pior ainda, perdeu a compostura que lhe é exigida ao desrespeitar o órgão soberano que é o Parlamento, para não falar da falta de respeito perante o povo português, mostrando a tudo e todos que, o cargo que ocupa é só dele, o BdP é que é eficaz, legitimo, suficiente e que o resto é tudo um bando de ilusionistas perseguidores de tonterias. Se realmente valesse o dinheiro que lhe pagam...mas adiante! É verdade que a Assembleia da República não é um órgão administrativo, não tem competência administrativa, mas tem a capacidade de regular a actividade administrativa através de mecanismos como esta comissão parlamentar, logo, a juntar ao facto de ser um órgão soberano, representando todos os portugueses e detendo uma elevada importância no regime português, o "choque" dento da cabeça do senhor governador foi evidente, num outro país, teria sido prontamente demitido por tal feito, mas não só por isso deveria ser demitido.

Cabe-me a mim, citar Francisco Louçã: "Se não fosse o Parlamento, por uma vez, a fazer uma investigação sobre um banco em que os administradores entravam pela porta dentro com sacos abertos para os encher de dinheiro e saíam porta fora, nada se saberia de um dos maiores escândalos financeiros da história portuguesa". Tão certo. Demonstra a bandalheira que alguns querem continuar, fazendo passar os restantes por parvos, acéfalos. Um governador não pode ter esta postura, de sentar-se na cadeira com o computador ligado e entrar num estado de "deixa andar", é inadmissível e deveria ser responsabilizado por isto e pela sua incompetência face ao cargo que ocupa. É bom que as legislativa tragam algo de novo, de bom para Portugal que isto está demais.

Deixo, por fim, o link para a noticia na edição online do jornal "Publico" assim como um texto interessante de Constança Cunha e Sá aqui.

H1N1


Este ano de 2009, tem sido marcado por uma rápida ascensão da gripe H1N1 que tem vindo a contaminar várias centenas por todo o mundo, chegando a provocar mortes em todo o tipo de faixa etária. A OMS declarou o nível de pandemia, algo alarmante para a população mundial. A gripe H1N1 é um vírus similar ao vírus da gripe sazonal, tem sintomas iguais, propaga-se da mesma forma, o que pode causar um certo "não deve ser nada" nas pessoas que adoecem, que nunca pensando na nova gripe, vão contaminando amigos e familiares.

Esta contaminação global tem sido facilitada pelo constante movimento global, principalmente, graças às férias de Verão. Mas, se isto já está assim, imaginemos o pânico que será quando entrarmos na época da gripe sazonal! Causará confusão, medo, excessos e a grande pergunta, estarão os nossos hospitais preparados para tal? A senhora Ministra da Saúde diz que sim, que estamos, estamos de tal forma que ainda estamos a ponderar se compramos a vacina ou não, e se compramos que quantidade! Ora, os dados apontam para um aumento de casos desta nova gripe e têm se registado mortes e até mesmo casos de resistência ao Tamiflu, uma das únicas ferramentas disponíveis para tentar travar o vírus. É verdade que a vacina custará dinheiro, poderá ocorrer uma mutação do vírus o que irá inviabilizar a vacina que só estará disponível em Dezembro, mas, não será melhor prevenir que remediar? Não melhor será pensar como o Reino Unido que irá adquirir vacinas para toda a população e talvez pensar numa doação das mesmas aos países menos capazes? Até porque já chegou a África... Não será decente prosseguir, num tom precavido, ao abrandamento de certas obras publicas inúteis e caras e pensar no povo português? Com eleições legislativas à porta, Deus queira que estes tipos não brinquem mais connosco usando a gripe como instrumento politico de "voto-esperança" ou "arma-de-arremesso" em plena praça publica.

Falsas Oportunidades


Muito se fala dos cursos das Novas Oportunidades. Este plano por parte do Governo visa "formar" ou "educar" vários portugueses em tempo recorde, de toda e qualquer faixa etária para mostrar à UE que temos muita gente formada. Primando pelo facilitismo e pelos atestados de ignorância que passam a essas pessoas. A meu ver, este tipo de politicas deveriam ser cautelosamente planeadas configurando o rigor educativo com uma flexibilidade quanto baste, em termos de horários, de forma a permitir um melhor acompanhamento por partes das pessoas que se aventuram nestes cursos.

A realidade destes cursos, é triste. Triste na medida em que as pessoas perdem o seu tempo num sonho de aprender, mas o que realmente aprendem é Português de bolso, Matemática "aciganada" e cultura cívica baseada num aprender a reciclar. Mas isto é que é educar? Em que medida? O que aprenderá uma pessoa nesses cursos que lhe seja útil na vida real? Recebe apenas o diploma! Um papel! Nada de mais. Preferiria, e os interessados de certeza que também, algo sério, acessível quanto baste e valor real! Utilidade! Pois, existem pessoas muito cultas, que tiveram dificuldades na vida e tentam isto na esperança de realmente evoluírem, ou de aprenderem algo de útil para a sua vida profissional. Falsa oportunidade, falsa esperança, falsa seriedade politica.