Dia 27 de Setembro



Hoje, dia 27, o senhor Presidente da Republica, anunciou a data das próximas eleições legislativas, dia 27 de Setembro. É de esperar, vagas de propaganda ilusória ou demasiadamente magica, prometendo mundos e fundos para depois assistirmos a possíveis desastres políticos como têm sido estes últimos 10 anos. Nestes últimos 10 anos, Portugal vivenciou enormes erros políticos, erros de gestão, trapalhices clamorosas quando este nosso Pais tem pouca margem de manobra para derrapar.

Estas alternâncias entre PS e PSD tiveram algumas coisas boas, mas facto é que, as trapalhadas foram ainda maiores e mais gravosas e têm vindo a marcar toda a acção politica no pais. Ultimamente, com este governo do PS encabeçado por José Sócrates, assistimos a choques frontais na educação, na segurança, na justiça... assistimos a antigos governantes desnudados de sua capa e envoltos em processos de corrupção, até o próprio Primeiro-Ministro se vê envolto de polémicas graves para a sua credibilidade e legitimidade no cargo face aos portugueses. Mas, vamos lá ver, o PS não tem só como oposição o PSD, tem também a oposição do BE, PCP, CDS..mas, e alternativas de verdade? Oposição de verdade? Programas, projectos de verdade? Nenhuns. Assistimos a um combate politico com argumentos pessoais e descabidos, tentando ludibriar os portugueses, mais uma vez. Assistimos a conversas demagogas e de puro não-sei-quê, baixo nível, mas programas, alternativas, nem vê-los. Manuela Ferreira Leite, "dona" do PSD, prefere usar a demagogia e o ataque pessoal ao Primeiro-Ministro do que a alternativa concreta para um Portugal de verdade que tanto aclama com o tal slogan de "Politica de Verdade" que tanto imprime. E continuamos nós, nesta coisa a que chamam politica. Não assistimos a debates sérios, de coisas sérias, de assuntos chave para ajudar a desenvolver o pais, mas principalmente, equilibra-lo internamente. Como nos disse o Dr. Medina Carreira em entrevista a Mário Crespo, com estes trafulhas e trafulhices continuaremos enganados e mais tarde ou mais cedo entraremos em colapso. E isto preocupa-me.

Esta ideologia "feroz" e de interesses próprios, desprezando o dialogo com quem tenha opiniões de valor ou mesmo, desprezando o povo, faz com que a Assembleia não seja mais que um covil de interesses partidários, egoístas, mas com direito a brutas almoçaradas e sessões de comédia! É preciso discutir um plano sério para Portugal, é preciso reestruturar economicamente o país, fazer a Justiça funcionar sem medo e clareza, impor a segurança e a confiança, reestruturar o sistema de ensino, estudar melhor os investimentos públicos, criar condições para o investimento em Portugal, ver o que vale a pena e o que não vale, sem debater os pilares da sociedade, do Pais, continuaremos a brincar aos políticos e à politica. Mas não deixo de apelar ao voto consciente naquele partido que nos apresentar o melhor programa eleitoral. Não é preciso gastar muito papel com ele, bastam 2 folhas que a seriedade, empenho e dedicação têm que sair do corpo dos governantes de forma a melhorar este pedaço de terreno que nos pertence, este nosso Portugal. Que a sorte esteja do nosso lado e que nos apareça um grupo de políticos, verdadeiros, que façam o povo andar, acreditar e conseguir viver, nem que seja, um bocado melhor. Dia 27 lá estaremos. Eu vou votar.

Deixo estas interessantes ideias do Dr. Medina Carreira:

1 comentário:

Maria Paulo Rebelo, disse...

Não sei se hei-de ou não ficar surpreendida com esta data... mais, já não sei se a política de hoje em dia me surpreende com as coisas que se fazem (ou não) e dizem, ou se, pelo contrário, me agoniam e enojam. Já não sei o que pensar de todo. Perante a realidade que vivemos cada vez mais chego à conclusão que nem o mais perfeito regime se dá bem com maus líderes, e que um péssimo regime com bons lideres é capaz de grandes feitos. Não quero aqui propagandear as minhas opções políticas que tu bem sabes quais são, mas hoje em dia tenho cada vez mais pena de viver numa república híbrida, sem carácter, sem dirigentes honestos, desvinculados de valores morais... para mal dos meus e nossos pecados, resta-me a pena de ter que viver, muito provavelmente, com ela até ao fim dos meus dias; de nunca ter a possibilidade de ver renascer o modelo que tanto ambiciono para o meu país, que lhe julgo certo... mas enfim... isso é pau para outra obra.

Cumprimentos,
Maria Rebelo