Dia 25 de Junho, o mundo perdeu uma das maiores LENDAS de SEMPRE. De uma infância terrível, cheia de violência e terror a um estrelato ENORME cheio de escândalos e boatos que fizeram a imagem do grande Michael Jackson perecer face aos incultos de sua obra. Acusam-no de racismo, de demência, de pedofilia... Não vou estar aqui a falar de todos os boatos que o devastaram, até porque quem o quiser conhecer melhor bastará ler umas coisas na internet (leiam sobre a doença Vitiligo). Eu não esqueço dos vários contributos de Michael a vários necessitados, o apoio a várias instituições, quem dera a muitos! Mas enfim, é sempre mais fácil criticar e deixar-se enamorar pelo rumor. Deixo então, este mísero tributo a um dos artistas que ouvi, ouvi e ainda oiço sem me cansar! A par de Queen, Beatles, Elvis, Michael Jackson estará sempre na minha cabeça, na minha memória mas principalmente, através do meu ouvido.
Hoje, dia 27, o senhor Presidente da Republica, anunciou a data das próximas eleições legislativas, dia 27 de Setembro. É de esperar, vagas de propaganda ilusória ou demasiadamente magica, prometendo mundos e fundos para depois assistirmos a possíveis desastres políticos como têm sido estes últimos 10 anos. Nestes últimos 10 anos, Portugal vivenciou enormes erros políticos, erros de gestão, trapalhices clamorosas quando este nosso Pais tem pouca margem de manobra para derrapar.
Estas alternâncias entre PS e PSD tiveram algumas coisas boas, mas facto é que, as trapalhadas foram ainda maiores e mais gravosas e têm vindo a marcar toda a acção politica no pais. Ultimamente, com este governo do PS encabeçado por José Sócrates, assistimos a choques frontais na educação, na segurança, na justiça... assistimos a antigos governantes desnudados de sua capa e envoltos em processos de corrupção, até o próprio Primeiro-Ministro se vê envolto de polémicas graves para a sua credibilidade e legitimidade no cargo face aos portugueses. Mas, vamos lá ver, o PS não tem só como oposição o PSD, tem também a oposição do BE, PCP, CDS..mas, e alternativas de verdade? Oposição de verdade? Programas, projectos de verdade? Nenhuns. Assistimos a um combate politico com argumentos pessoais e descabidos, tentando ludibriar os portugueses, mais uma vez. Assistimos a conversas demagogas e de puro não-sei-quê, baixo nível, mas programas, alternativas, nem vê-los. Manuela Ferreira Leite, "dona" do PSD, prefere usar a demagogia e o ataque pessoal ao Primeiro-Ministro do que a alternativa concreta para um Portugal de verdade que tanto aclama com o tal slogan de "Politica de Verdade" que tanto imprime. E continuamos nós, nesta coisa a que chamam politica. Não assistimos a debates sérios, de coisas sérias, de assuntos chave para ajudar a desenvolver o pais, mas principalmente, equilibra-lo internamente. Como nos disse o Dr. Medina Carreira em entrevista a Mário Crespo, com estes trafulhas e trafulhices continuaremos enganados e mais tarde ou mais cedo entraremos em colapso. E isto preocupa-me.
Esta ideologia "feroz" e de interesses próprios, desprezando o dialogo com quem tenha opiniões de valor ou mesmo, desprezando o povo, faz com que a Assembleia não seja mais que um covil de interesses partidários, egoístas, mas com direito a brutas almoçaradas e sessões de comédia! É preciso discutir um plano sério para Portugal, é preciso reestruturar economicamente o país, fazer a Justiça funcionar sem medo e clareza, impor a segurança e a confiança, reestruturar o sistema de ensino, estudar melhor os investimentos públicos, criar condições para o investimento em Portugal, ver o que vale a pena e o que não vale, sem debater os pilares da sociedade, do Pais, continuaremos a brincar aos políticos e à politica. Mas não deixo de apelar ao voto consciente naquele partido que nos apresentar o melhor programa eleitoral. Não é preciso gastar muito papel com ele, bastam 2 folhas que a seriedade, empenho e dedicação têm que sair do corpo dos governantes de forma a melhorar este pedaço de terreno que nos pertence, este nosso Portugal. Que a sorte esteja do nosso lado e que nos apareça um grupo de políticos, verdadeiros, que façam o povo andar, acreditar e conseguir viver, nem que seja, um bocado melhor. Dia 27 lá estaremos. Eu vou votar.
Deixo estas interessantes ideias do Dr. Medina Carreira:
Grande parte do povo português não sabe sequer, que existe um Provedor de Justiça. É um órgão importante, mas, quais as suas funções? O Provedor tem como missão defender os cidadãos face às demais entidades publicas. É o Provedor que após o estudo das demais queixas irá, conforme o caso, recomendar uma resolução, uma solução para o caso em questão. É quase um "policia" que tenta salvaguardar a legalidade e a constitucionalidade dos demais actos, sempre protegendo o cidadão face aos abusos das entidades publicas. O Dr. Nascimento Rodrigues, foi um Provedor exemplar, o trabalho do mesmo aquando o desastre da Ponte Entre os Rios foi notável, foi um acto bastante certo e principalmente humano, que ajudou várias famílias, e como disse, por exemplo, o Dr. Pires de Lima, será muito difícil encontrar outro Provedor tão bom quanto Nascimento Rodrigues.
Cabe à Assembleia da Republica eleger o Provedor de Justiça, em nome do povo português, mas, o que assistimos foi a uma luta mesquinha entre os partidos que a compõem. Verificámos mais uma vez o esquecimento dos partidos sobre as pessoas que os elegem. E com tanto impasse, perdemos a meu ver, um excelente candidato a Provedor, falo do Professor Jorge Miranda. Uma personalidade culta, séria, um dos principais contribuintes para a democracia em Portugal, desistiu de participar na próxima votação após não ter reunido a maioria de 2/3 necessária na Assembleia, tendo continuado a falta de consenso entre os partidos. Mas,surge-nos hoje, a noticia de que o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, chegaram a acordo e escolheram o nome de Alfredo José de Sousa, ex-presidente do Tribunal de Contas, para Provedor. Por um lado, há que ver que é bom que finalmente se tenham decidido quanto a um nome a apresentar à Assembleia e que, tendo em conta o número de deputados de cada partido, facilmente se consegue a maioria requerida, mas convém não esquecer o espectáculo degradante, das lutas e intrigas partidárias que os que compõem a Assembleia, órgão representante dos portugueses (de TODOS os portugueses), nos proporcionaram. Seria bom algum manual como "Politics for Dummies" para instruir estes senhores (reconheço o trabalho de certa minoria, nem tudo é mau) que metem os proprios interesses à frente dos fins formalmente e materialmente definidos negando o trabalho em prol da comunidade de forma transparente e objectiva.
Dia 12 de Junho, o Irão foi a votos. O Principal combate, não olhando a pessoas, contrapôs a hipótese um regime mais aberto, mais liberto, mais livre, a um regime ultra-conservador, repressivo. Do sufrágio, após uma afluência às urnas de milhões de cidadãos iranianos, o ultra conservadorismo manteve-se no poder. De imediato, surgiram queixas sobre certos preceitos inválidos no sufrágio ocorrido, como o facto de, se vir a comprovar que haveria mais votos que eleitores (!) mas que, apesar deste facto gravíssimo e doloso, decidiu-se optar por fechar os olhos e espezinhar os processos formais.
Ora, sempre ouvimos dizer (ou quase sempre) que, é o povo que manda, pois é o mesmo que elege seus governantes e estes, devendo agir em prol da comunidade, devem estar sempre atentos às manifestações de quem os elege. É numa atenção redobrada, seguindo a ideia de que um cargo de governante não é regalia, que os governos devem funcionar, não funcionando, caberá ao povo eleger de novo de acordo com a sua vontade. Óbvio que não se deverá optar por actos de pura rebeldia, mas sim fazer funcionar as mecânicas necessárias para que as escolhas se processem.
Aquilo a que diariamente assistimos no Irão, é a um "calar" forçoso da autoridade face sobre o certos elementos do povo que não concordam com as ilegalidades cometidas, até pode ser uma massa minoritária, mas, essa minoria tem vindo a crescer graças à repressão barbara das forças policiais e pior, com o desprezo do anterior líder que agora foi reeleito. Face à situação gravíssima que atravessa o país, esse senhor, nao se dignou a olhar e a reflectir sobre o que se passa ou passou no sufrágio, optando pela táctica de acusar certos governos do Ocidente de influenciarem tais actos de rebeldia. As bestas que se dizem lideres, deveriam ser escorraçadas e infernizadas pelo triste trabalho que efectuam sob a capa de eleição livre, enquanto que no fundo transpiram ganancia feroz, sem olhar a meios. Bloqueiam informação, censuram imagens e ideias mas mais grave ainda, é matarem gente inocente aprisionando-as no conceito universal de liberdade.
Trabalho em serviço do povo? Da comunidade? Do Bem-comum? Não me venham com estórias, liberdade não é aquilo, não é isto. A Dignidade de qualquer pessoa, especialmente das inocentes, vale muito mais que o poder de um caga-tacos que se diz líder do povo.
Como odeio este tipo de gentalha. Que tudo melhore no Irão. Que a sorte proteja os inocentes e que o destino lhes seja feliz.