Na abertura do 4.º Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores, assistimos a uma intervenção dura, critica, do nosso Chefe de Estado ao governo e aos demais empresários. Foi duro, foi, mas vejamos umas passagens do mesmo discurso:
“num cenário de dificuldades, e sob a pressão da necessidade urgente de agir, as decisões nem sempre são ponderadas devidamente, acabando por abrir espaço para o desperdício de recursos públicos” ou “para a concentração desses recursos nas mãos de uns poucos, precisamente aqueles que detêm já maior influência junto dos decisores”
“não se trata de governar para os números, nem para as estatísticas”. “Estão em causa problemas concretos de natureza social, que geram situações de desespero e afectam com especial gravidade os mais desprotegidos. Problemas cuja resolução é uma responsabilidade política e, mais do que isso, uma condição necessária para a estabilidade da nossa democracia”.
É uma boa critica, está bem metida mas não foi isto que toda a oposição, com demagogias pelo meio, veio dizendo e dizendo ao longo dos tempos? Sabemos nós que, o governo com maioria absoluta retira muita natureza à Assembleia e amarra o Chefe de Estado a si próprio deixando-o com poucas opções para agir, para juntar ao fraco carisma do senhor Cavaco Silva perante o povo, perante o governo.
Com isto retiramos portanto, que Portugal, com estes grupos e ideologias maioritárias na Assembleia, não pode ter um governo com maioria absoluta pois daqui partimos para uma autentica ditadura forte, manipulativa e com a máscara de trabalhar apenas e só para as estatísticas esquecendo-se do mais importante que é a ajuda directa, o trabalho directo com o povo português.Com esta crise gravissima, não temos visto nada de nada, o que nos deixa com medo e se não deixa, deveria deixar, porque o futuro é algo incerto e pode-se tornar perigoso se nao formos conscientes no presente.
Graças a situação de passividade, deixa também sem qualquer pressão necessária, os vários ministros componentes do governo. Assistimos a uma "sem vergonha" autentica destes senhores que deveriam ter mais seriedade e valor tendo em conta os cargos que ocupam. Principalmente o senhor Primeiro Ministro que apesar de ter carisma, ser reformista (até sorri quando escrevi isto), não tem o mínimo de decência de por os pontos nos is quando o acusam perante o país de ser corrupto, não passando das meras palavras aos actos de prova da sua inocência, à disponibilidade para o demonstrar. Simplesmente vergonhoso.
Que Deus nos ajude pois precisamos de pessoas de valor para que trabalhem para a população, não esta escumalha que já mete nojo.