Terrorismo camuflado


Ao ler esta noticia sobre os possíveis abusos de agentes americanos sobre prisioneiros acusados de actos ou convivência com terroristas saltou-me de novo a questão de, será que o TPI vai agir como devido após adquiridas as provas necessárias e sem olhar a nomes, penalizar por igual, tratar como igual, um governante americano tal como trata qualquer outro? Ou cairemos no esquecimento, que não houve qualquer abuso? Ok, existem e deve-se recorrer, em minha opinião, a alguns métodos mais duros, mas, com os devidos limites. Sabemos bem como funciona o Homem, sabemos os possíveis treinos, as possíveis maneiras de não se descair de um plano de uma organização sob pena de prejudicar a sua família que nada tem a ver com actos hediondos de terroristas, repressores da liberdade, empregados do medo.

Defendo métodos duros em certos casos, mas sem nunca por em causa a dignidade da pessoa humana ao ponto de a suprimir com o exagero animal da tortura vil. Um estalo, porque não? Se tal implicar salvar vidas humanas, sim. Choques eléctricos contínuos? Sem qualquer resultado? Sob pena até de destruir a saúde de um inocente injustamente acusado. Não. Considero tais actos brutais como terrorismo categórico. Pode ser algo confuso o meu ponto de vista, mas, no fundo tentei!

Jornal (ibero)Nacional



Com o cancelamento do Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes por parte dos "donos" da PRISA, argumentado reajustes financeiros, fez estalar as conspirações anti-PS e foi criada uma arma de arremesso ao Partido Socialista durante este período de campanha eleitoral para as eleições de 27 de Setembro.

Falando da qualidade do espaço de MMG em si, bom, nunca fui adepto de noticiários como este, prefiro noticias mais sóbrias, mais reais, verdadeiras noticias vá e não aquela coisa que MMG fazia nas noites de Sexta-Feira. Era um espaço mesquinho, propositadamente atacante, cheio de incongruências, MMG falava como se fosse o supra-sumo da verdade e da justiça, humilhava (ou tentava) os convidados que entrevistava ou visava atingir (Dr. Marinho Pinto, Primeiro Ministro...). É uma jornalista arrogante, com manias, não aceita criticas ao seu trabalho (bem merecidas), criava conflitos com outros colegas dentro da própria estação e só não foi demitida mais cedo pois, seu marido José Eduardo Moniz, se encontrava na presente estação.

Falando agora, da coisa mais complicada, as acusações ao PS de ter "silenciado" o jornal da MMG. Não quero acreditar, nem acho que seja mais lógico pegar nesse argumento. Independentemente do material que a TVI prometeu mostrar sobre o caso Freeport, caso pelo qual anseio que se resolva pelo melhor, que se penalize quem mereça, clarificando essa falcatrua. O Governo do PS foi muito visado pelo jornal de MMG, especialmente o senhor Primeiro-Ministro, mas para quê pegar em mais medos e "poderes ocultos" e mexericos, num período de campanha eleitoral em que são precisos programas para o país? Acho que, sem qualquer prova concreta, não se deva partir para esse cenário. Devemos focar a nossa atenção nos principais problemas de Portugal e depois, com provas concretas, atacar qualquer atitude antidemocrática, repressiva da Liberdade. De outro modo, não optaria por criar tal ambiente. Por isso, prefiro pensar assim: não terá sido uma jogada da empresa espanhola, aproveitando tal conflito entre o espaço de sexta-feira e o Governo para tentar obter alguma regalia? É que parece isso (conspirando um bocadinho, mas nada de fascismos), e se assim o foi, então foram demasiadamente estúpidos ao pensarem que um partido, um Governo, com tal atitude "silenciadora" lhes fosse oferecer uma cambada de TV-LED ou BMWs! Haja paciencia! Outra questão a ter em conta é o facto de um grupo espanhol controlar informação portuguesa, deveriam ser tomadas as precauções necessárias para se evitar tal, pois é uma situação caricata, absurda, daí que me leve a pensar no que expus acima.

Nos debates que aí se avizinham, esperamos que se fale dos problemas reais do país, que se fale do que foi feito, do que possa melhorar, o que se fez de mal e que apenas se ocupem do futuro dos portugueses, deixando os "atentados "algo" fictícios" (tanta aspa) à Liberdade de lado não existindo qualquer prova concreta de tal.